Convite à comunidade tabuleirense

Não temos a pretensão e nem imagem tradicional de militante político, cultural, ambiental e esportista. No entanto, pensamos e quem pensa criticamente e busca informações honestas não consegue conviver com a negligência nestas áreas de interesse. Este blog é uma maneira particular de exercitarmos nossa cidadania e divulgarmos os nossos pensamentos nas áreas de política, cultura, meio ambiente e esporte. Além do mais, a razão deste blog é incrementar discussões sobre política, cultura, meio ambiente e esporte referentes ao município de Tabuleiro do Norte. Assim, convidamos a todos os amigos do nosso querido "torrão sempre amado", sem distinção política, religiosa, de cor, de gênero, de classe social, etc., para interagir e acompanhar as postagens. É pretensão nossa postar textos, poesias, imagens e notícias. Sugiro também a quem quiser colaborar com estes formatos de comunicação e expressão que estaremos recebendo-os e analisando-os, através do e-mail: cirandadeverbo@gmail.com. Esperamos que participem e apreciem da melhor maneira possível e sigam este novo caminho. Felicidades!!!

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Texto: Revitalização da Praça de Eventos

Ao ler o informativo da Câmara Municipal de Tabuleiro do Norte, edição setembro-outubro/2011, pude observar a insatisfação do vereador Rafael Maia com o estado de abandono da Praça da Juventude.
“Uma importante praça do nosso Município se encontra em um verdadeiro estado de abandono. É triste para os nossos munícipes testemunhar uma importante obra, que visa tirar os jovens da rua, encontrar-se em tal estado de abandono...”, disse o vereador.
Aqui gostaria de reportar-me também à Praça de Eventos. Se antes, em um passado tão recente, esta praça, de um modo geral, era marcada pela distribuição do verde, hoje, a falta de assistência está comprometendo o ambiente. Em lugar do verde anteriormente predominante, o que se vê agora são plantas secando e a grama escassa morrendo por falta de cuidado.
Esta área de uso diverso e especial reforça a necessidade de conservação da sua beleza, pois a não preservação da mesma demonstra a relação nada harmoniosa da nossa cidade com a natureza.
Sabe-se que o verde assume uma função importante, sobretudo nas zonas urbanas. Assim, torna-se imperativo a revitalização da Praça de Eventos a fim de que o meio ambiente urbano deste município não se torne cada vez mais degradado.
“As áreas verdes públicas constituem-se elementos imprescindíveis para o bem-estar da população, pois influencia diretamente na sua saúde física e mental”

(por: Mundilza Viana)

sábado, 21 de janeiro de 2012

Texto: Sobre Luiza

         Um bando de alienados. Isso mesmo. Primeiro um monte de gente fala de uma coisa, de uma pessoa que não sabem nem o que é e o que significa (ou não significa). Isso vira sensação nacional. Depois todos: "- Não, não, o que o Carlos Nascimento falou é que é legal, vamos compartilhar, curtir!" E aquela sensação toda passa. E passa por que? Porque não tem importância pra ninguém. Não muda a vida de ninguém, a não ser a dela e de sua família. 

     O que eu queria, de todo coração, era ver as pessoas formando sua própria opinião, seu próprio questionamento a respeito, não de assuntos como estes que temos visto, tão sem importância, mas sobre assuntos de relevância, e olha que não me refiro a questões sociais, ambientais ou políticas de ordem nacional não, até poderia ser também. Falo apenas de esperar das pessoas que elas pensem um pouco mais por si mesmas sobre aquilo que está mais perto de si. Tem tanta coisa pra gente resolver, criticar, tentar mudar e melhorar. Passe 30 minutos sentado na praça de sua cidade em um dia de movimento e vai encontrar pelo menos 5 assuntos de alta relevância pra sua comunidade, cidade, meio de vivência. Mas isso nós não comentamos, compartilhamos, muito menos curtimos. Sabe o que fazemos? Nada, isso mesmo, absolutamente nada. E esse ATIVISMO CIBERNÉTICO POP que temos visto não resolve nada. Vamos cair na real meu povo. Vamos logo descobrir o potencial de mudança de que somos portadores.


     A internet é um espaço onde se pode criar discussões, movimentar opiniões, saber quem tem interesse em quê. Através desse espaço podemos nos articular em prol de alguma mudança. Vamos aprender a usar esse espaço melhor. 

(por: Alisson Chaves Matos)

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

TEXTO: S.O.S Riacho Quixeré

Este texto foi escrito em 2007 na tentativa de sensibilizar a comunidade tabuleirense sobre o descaso com este sistema hídrico. Entre 2007 e 2009, este panfleto foi distribuído sob a assinatura da Fundação FEMAJE, Secretaria de Meio Ambiente e Turismo e Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente, órgãos e entidades dos quais fazia parte. No dia 06 de junho de 2009, foi realizada na Câmara Municipal o "I Seminário Sobre o Riacho Quixeré", no qual foi elaborado um conjunto de ações e compromissos a ser cumprido pela gestão pública. Como resultado deste seminário, a gestão pública elaborou um pré-projeto sobre a urbanização do riacho, apresentado também na Câmara Municipal para que a população e órgãos e entidades públicas pudessem participar, discutir e sugerir encaminhamentos. No entanto, apesar destes encontros democráticos, das várias caminhadas ecológicas realizadas por diversas entidades religiosas, das chuvas intensas e concentradas de 2009, que causaram alagamentos de imóveis situados próximos ao riacho, nenhum projeto efetivo foi implementado, a degradação do riacho continua plena e o S.O.S continua válido, muito válido:





Após percorrer o trecho rural, o Riacho atravessa a zona urbana do município de Tabuleiro do Norte, onde, posteriormente, recebe as águas de sangria da Lagoa do Saco do Barro até confluir na Lagoa da Salina, que deságua novamente no braço do Rio Jaguaribe, conhecido como Rio Quixeré.
 Os problemas ambientais ocorrentes na zona rural, que compreende o maior trecho do Riacho, são ínfimos em comparação às degradações existentes no intervalo compreendido na área urbana do município, que durante várias administrações municipais ficou totalmente abandonado.
 As construções de residências e outras edificações que foram acontecendo, adentrando os limites da Área de Preservação Permanente, comprometem as funções socioambientais e ecológicas do riacho e agravantes ocasionados por barramentos para construção de pequenos açudes, aterros, movimentos de terras, derramamento de óleo, depósito de lixo, lançamento de esgoto e construções de vias de acesso (ruas e estradas) são os grandes desafios da gestão ambiental para com esse patrimônio natural.
Os limites exigidos na Legislação Municipal Nº 428, sancionada em 29 de setembro de 1993 e que estabelece como Área de Proteção Ambiental do Riacho Quixeré as áreas urbanas em suas adjacências, compreendendo 30 metros para a esquerda e 30 metros para direita a partir da cota máxima do seu volume de água, não são respeitados, tudo isto baseado na Lei Federal Nº 4.771/65 (Código Florestal), Resolução CONAMA Nº. 303 de 20 de março de 2002 e Resolução CONAMA Nº. 369 de 28 de março de 2006.
A degradação ambiental do Riacho Quixeré contribui para diminuição da qualidade ambiental do município devido à perda da diversidade de plantas e animais, ao risco potencial de comprometer a saúde pública (ao transformar o Riacho em um sumidouro de esgoto e lixo) e ao barramento da drenagem da água de chuva em seu caminho natural, ocasionando inundações de residências, principalmente, em períodos de chuvas intensas.       
O Riacho Quixeré preservado é um direito de todos nós tabuleirenses e seus valores históricos, culturais, sociais, econômicos, paisagísticos, ecológicos e ambientais devem ser levados em conta, não só pelos gestores, mas por todos nós, num esforço de construirmos um Tabuleiro do Norte ambientalmente seguro e saudável, imprescindível ao bem-estar da nossa comunidade e a uma melhor qualidade de vida para as presentes e futuras gerações.
Devemos, enquanto comunidade tabuleirense, nos motivarmos para que lutemos juntos para vencermos o desafio de proteger e recuperar o Riacho Quixeré e para não deixarmos que as arbitrariedades particulares decidam o destino deste Patrimônio Natural que é indiscutivelmente nosso e dos nossos descendentes.
Reconhecer, proteger e recuperar o Riacho Quixeré são compromissos e desafios coletivos a serem assumidos pelas gerações atuais e das que estão por vir.



(por: Paulo Lima)

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Texto: Pânico Coletivo

Não é sobre Tabuleiro, mas reflete a realidade política do nosso Estado...          

              No romance “Ensaio Sobre a Cegueira”, do escritor português José Saramago, a sociedade entra em caos após todos os habitantes, exceto uma pessoa, ficar cega. Acometidos pela cegueira, os habitantes passam a regredir para comportamentos humanos primitivos, despidos de conduta moral e preceitos sociais, apesar de sentimentos benéficos prevalecerem para algumas pessoas, principalmente para a única habitante que não ficou cega.

            A referência a esta obra, que propôs analisar as relações sociais em condições adversas, foi motivada por uma realidade que nunca pensei presenciá-la: o caos urbano em Fortaleza, após a greve da polícia militar do Estado do Ceará. Inicialmente, ficamos preocupados com a segurança no aterro da praia de Iracema, uma vez que a categoria dos policiais militares e do corpo de bombeiros já havia instalado a greve.  Sob a segurança da Força Nacional, o réveillon em Fortaleza foi aparentemente tranquilo. Particularmente, vi apenas uma movimentação estranha durante a virada de ano, algo instantâneo e efêmero, nada que causasse pânico. Até a ida para casa, caminhado entre as ruas de Fortaleza, não pareceu perigosa. Sentia que a greve não afetaria nossas vidas. Passada a comemoração de virada de ano, na qual me lembro claramente da vaia quase tradicional que a prefeita de Fortaleza sofreu, não ouvíamos nada de excepcional sobre a greve instalada. Até que os jornais policiais e até mesmo os veículos de comunicação mais imponentes noticiaram sucessivas ocorrências de arrastões nos bairros mais periféricos da cidade. Ninguém imaginava, porém, que isto seria o início de uma histeria coletiva que ecoava medo além das fronteiras do município de Fortaleza e chegaria a cidades do interior do Estado do Ceará. Desconfiando da mídia, digeri a notícia com certa naturalidade, até o momento que tive que sair de casa. Fiquei perplexo ao notar que às 14:30 h, em plena terça-feira, as lojas da Av. Monsenhor Tabosa estavam quase que totalmente fechadas, enquanto observava os rostos melindrados dos pedestres. Esperei o transporte coletivo mais do que o dobro do tempo normal, desistindo, dessa forma, de ir ao local programado. Voltei para casa sem saber qual sentimento me dominava. Além da sensação aguçada de insegurança, outras lembranças e argumentos se conflitavam em meu raciocínio breve. Primeiro, porque a categoria que defende a greve no momento foi coadjuvante da agressão aos professores da rede estadual de ensino, quando pelas mesmas razões, que se digam justas, instalaram a greve. Neste caso, podemos relevar que os policiais cumpriam ordens do governo, mas violência não se justifica. Depois, penso o quão pouco é o salário do policial, que convive diariamente com o perigo. Seguindo minha confusão mental, vêm à mente os relatos constantes de falta de preparo, abuso de autoridade e participação em crimes, de homens fardados, cuja missão seria nos proteger da criminalidade. No entanto, seria infeliz da minha parte extrapolar a conduta desviada de alguns para toda a categoria. A verdade é que as greves que inundam o desgastado governo do Estado, descrença local intensificada pela administração “Fortaleza Bela”, tem razões justas e fundamentais para a valoração das categorias reivindicadoras, embora as estratégias de conseguir visibilidade e apoio da população acabam por prejudicar a própria comunidade, a exemplo da greve dos policiais sob a qual a população se encontra desprotegida e vulnerável às ações de criminalidade. Isto nos leva a reflexão de como estamos susceptíveis ao caos, à desordem, à brutalidade humana. Um governo que deveria aplicar a arrecadação dos nossos impostos para a melhoria dos serviços públicos, se cerca da segurança da Força Nacional e nos deixa desprotegidos, vulneráveis ao acaso. Meu desejo é gritar: fora Cid Gomes!!!


(por: Paulo Lima)

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Texto: Natal Vivo na Barrinha

Com 29 anos de tradição, a encenação do nascimento de Jesus na comunidade de Barrinha, religiosamente, reúne e emociona grande público. Desde 1983, o grupo “acafebiano” de uma forma muito peculiar vem repassando aos moradores daquela localidade, adjacências e visitantes da nossa cidade uma bela mensagem de Natal.
Como o próprio nome indica, o Natal Vivo na Barrinha é uma representação, ao vivo, do momento em que Jesus nasceu. Anjinhos, os Reis Magos, pastores, Maria e José, a estrela-guia, Jesus... todos fazem parte dessa celebração que acontece todo ano, no anfiteatro da ACAFEB. As pessoas que assistem ao espetáculo têm, por sua vez, a oportunidade de voltar no tempo e refletir sobre o real sentido do Natal, vivenciando de modo mais profundo e verdadeiro o mistério da encarnação e do nascimento de Jesus Cristo.
Ultimamente, estão sendo realizadas duas edições anuais, normalmente nos dias 24 e 25 de dezembro. No entanto, neste ano de 2011, o Natal Vivo Tradicional foi realizado no dia 25 e o Natal Vivo Mirim no dia 26 de dezembro.
O Natal Vivo Tradicional conta com um grande elenco. Em média de 80 a 100 participantes, contando com atores, figurantes e apoio técnico, numa faixa etária de 3 (três) a 75 (setenta e cinco) anos, de ambos os sexos, todos participando voluntariamente. Esta encenação mostra, em duas horas, a saga do jovem casal Maria e José, até o nascimento de Jesus, em Belém.
A ACAFEB – Associação Cultural Ação e Fé da Barrinha, orgulha-se por apresentar dois autos de natal com um êxito tão estrondoso. Este ano, o Natal Vivo Mirim foi apresentado pela 4ª vez consecutiva. Este espetáculo é encenado exclusivamente por crianças e adolescentes. Cerca de sessenta crianças e adolescentes retratam o legítimo espírito natalino – uma verdadeira viagem a Palestina nos tempos de Jesus. Os cenários e figurinos de época tornam a peça muito emocionante. A atuação das crianças e dos adolescentes é ótima. Os atores mirins entram imediatamente no espírito da peça, desempenhando seus papéis com imenso afinco, alegria e amor.
Os expectadores ficam encantados com a dedicação das crianças e dos adolescentes que, com tanta dedicação, passam uma mensagem de felicidade e perseverança, realmente encantadora. Um espetáculo grandioso que pode ser apreciado por todas as idades.
Ao encenar a história do nascimento de Cristo, a ACAFEB – Associação Cultural Ação e Fé da Barrinha, além de manter a tradição natalina, desenvolve um trabalho sócio-cultural-educativo, que tem, sem dúvida alguma, o propósito maior de transmitir a mensagem sublime do amor a todas as pessoas.

(por: Mundilza Viana)

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Texto: Guerras em torno da voz - Interdição da rádio Nativa FM

“Não há discurso neutro”: essa é a máxima primeira da Análise do Discurso. Toda voz que se ergue, o faz em nome de interesses políticos e ideológicos. É por isso, então, que me utilizo desse espaço para ressaltar a necessidade de pensarmos mais detidamente o embate em que se vê envolvida, como centro da questão, a Rádio Nativa FM. Antecipo que, particularmente, penso que a interdição da Rádio representa uma enorme PERDA. Mas: QUEM PERDE MESMO COM A INTERDIÇÃO DA RÁDIO? PERDE O QUÊ? COMO? POR QUÊ?

Greenpeace: Desmatamento Zero!!!