Quando a alma entristece
Procurando natureza
Vem na lembrança a beleza
Que meu coração merece
Quando o tempo foi amigo
E a alma aventureira
Em carroça de madeira
Procurei o seu abrigo
Conheci por brincadeira
Na melhor da amizade
Sem saber que na cidade
Fonte descia ladeira
Era mata, flor e fonte
Gente, casa e natureza
Tudo isso da proeza
Da evolução errante
O verde além do normal
Oiticica e marizeira
Ipê, branco e catingueira
Na moldura maestral
E como plano de fundo
Da encosta da chapada
Surgia a lua minguada
No anoitecer fecundo
Era hora de deitar
Mas antes tinham histórias
De uma terra de glórias
Um coletivo curral
Pois na vastidão de terra
Quando nada era cercado
Quem criava muito gado
Soltava tudo na “serra”
Minha mãe já me contava
Que na sequidão do pasto
Boiada seguia o rastro
Do verde que se avistava
E assim fazia vô
Quando a mata escasseava
O gado que alimentava
Na sina de agricultor
Seguia o rumo da “serra”
E passava o tempo mal
E ia depois lá no “curral”
Trazer o gado pras terras.
O curral era sagrado
Pois a água não faltava
brotava de rocha rasa
pra matar sede do gado
Era a fonte do corrente
Que brotava na ladeira
Água clara e de primeira
Benção para toda gente
Mas a mata da chapada
Deu lugar a plantação
Pecuária e extração
Segue agora degradada
E a água que era farta
Diminui a cada dia
Devido a grande ironia
De nossa postura ingrata
Pois deu tudo, a natureza
Para o povo do sertão
explorar o seu torrão
com sapiência e grandeza
Ao contrário, degradou
Queimou lenha e madeira
Transformou a capoeira
Em terreno sem valor
Adubou além da cota
mais veneno aplicou
E do resto que sobrou
Faz coivara pr’outra roça
Foram embora os animais
Junto com a seriema
E agora é um problema
Quando a caça não há mais
E ainda com a razão
Diz que a natureza é má
Por não poder mais lhe dar
Fartura na produção
Mas a APA dos Currais
Resiste ao poder do homem
Que só planta o que consome
E esquece os animais
A natureza é sagaz
Pois escolheu de primeira
O senhor Jesus Moreira
Pra proteger os “Currais”
Por isso estamos aqui
Para pedir à natureza
Perdão por nossas fraquezas
De só saber destruir.
(por: Paulo Lima)
Uma vez que a consciência é algo particular de cada um e depende dos esforços individuais, a sensibilização por outro lado, pode penetrar o indivíduo, quebrar paradigmas e subsidiar a consciência de cada ser pensante.
Convite à comunidade tabuleirense
Não temos a pretensão e nem imagem tradicional de militante político, cultural, ambiental e esportista. No entanto, pensamos e quem pensa criticamente e busca informações honestas não consegue conviver com a negligência nestas áreas de interesse. Este blog é uma maneira particular de exercitarmos nossa cidadania e divulgarmos os nossos pensamentos nas áreas de política, cultura, meio ambiente e esporte. Além do mais, a razão deste blog é incrementar discussões sobre política, cultura, meio ambiente e esporte referentes ao município de Tabuleiro do Norte. Assim, convidamos a todos os amigos do nosso querido "torrão sempre amado", sem distinção política, religiosa, de cor, de gênero, de classe social, etc., para interagir e acompanhar as postagens. É pretensão nossa postar textos, poesias, imagens e notícias. Sugiro também a quem quiser colaborar com estes formatos de comunicação e expressão que estaremos recebendo-os e analisando-os, através do e-mail: cirandadeverbo@gmail.com. Esperamos que participem e apreciem da melhor maneira possível e sigam este novo caminho. Felicidades!!!
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